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Mostrando postagens de novembro, 2020
  Exu passou   Quem é Exu? Quem é Tu? Quem não és Tu? Quem podes ser Tu? Tu és Exu? Exu é esfera, sem lados Metamorfose Exu é caminho, mensageiro, encruzilhada, abertura, esquiva, comunicação Exu é o princípio do movimento Mas, quem é Exu? Exu rompe qualquer tentativa de definição Fluido, Exu está sempre aberto às várias versões de si mesme Quais são as tuas versões? Quais são os teus vários Eus E(x)us? Éxu é a encarnação da multiplicidade Onde reside Exu? Onde tu estás agora? Andarilho e nômade, atravessou continentes e oceanos, sem fixar residência em lugar algum Exu está aqui e acolá, concomitantemente Exu é o devir Exu é desterritorialidade, é o não-lugar, é ocupação, é tombamento, é transgressão, é subversão, é constestação Exu, permanentemente controverso, também é reterritorialização Exu é o guardião das continuidades Afinal, quem é Exu? Quem é tu? Qual é o teu lugar? Quais são os teus lugares? Exu caminha pelos entrecruz

Ergue a voz, Preta!

Meu corpo feminino, negro político É uma tese de força, sem entrelinhas. Sem escolhas não posso me calar para a ação. Não carrego amarras, dor ou lamentação. Apenas um corpo feminino negro nas águas de um oceano, tentando viver. Não exijo atenção, espelhos ou aplausos. Não quero silêncio. Porque a palavra que ergo sempre gritará. A minha palavra comunica, e ainda denuncia uma memória branca e colonial. A minha palavra me ergue, politiza e alivia as tragédias De uma experiência de domínio, negação e de ser. O meu corpo feminino negro, diariamente, sangra. Para alguns um corpo inerte, sem vida e pronto para morrer. Para outros um corpo aprisionado, sem direitos, sem liberdade e sem chances de dizer. Para corpos negros a oralidade nos disse e muito ensinou. Com palavras eu apenas Reafirmo, o poder da minha ancestralidade. Reafirmo, o poder de minha crítica que movimenta a vida. Eu falo do axé que afronta os temidos Do meu corpo feminino, negro político pulsante e a

ERGUE A VOZ, PRETA !